[Jornalista Ignorante] Bolado Demais Entrevista - VALESCA POPOZUDA

Contra tudo e contra todos, Valesca se define como a "voz de uma geração". Acusada muitas vezes de denegrir a imagem da mulher brasileira em suas músicas, a lead-singer do grupo de funk Gaiola das Popozudas, é segura ao dizer que não se importa muito com a crítica músical. "Não gosto de críticos e nem dou muita idéia. A maioria é virgem, e boceta de verdade com certeza nenhum comeu".

Sentada numa mesa de bar, na favela do Juramento, no Rio de Janeiro, Valesca é tratada como rainha. Apesar de morar na barra da tijuca, ela não esconde suas raízes e sempre vai à favela quando pode. "É sempre importante manter contato com o pessoal de onde nós nascemos. O bagulho no Juramento é doido, mas todo mundo me respeita muito (rs). Outro dia um bêbado qualquer veio passar a mão na minha bunda. Tenho muitos amigos aqui e eles sempre me defendem"

E é nesse bar no Juramento que Valesca concede essa entrevista para o Bolado Demais, blog que ela diz ser "fã pra caralho"

Valesca, dentre todas as influências que sua vasta cultura te proporcionou, qual delas você define como mais importante?

Provavelmente a Clarice Lispector. Gosto muito das músicas dela, suas letras mexem comigo e com certeza, mesmo que me comparem a ela sempre, não acho que chego aos seus pés.

Qual foi sua última cirurgia plástica e qual será a próxima? 
Nunca fiz nenhuma cirurgia plástica.

Mas eu li numa entrevista sua que você mostrava como haviam ficado os seus seios e glúteos após a cirugia.
Então você leu pouco. Eu só malho. Muitos jornalistas enchem suas mídias de falácias para me prejudicar. Não acho que a culpa é sua. A culpa é da imprensa brasileira em geral. E eu nem sei o que são glúteos.

Então a história de que você fez uma festa pornô com o jogador Adriano e um jumento num motel em Copacabana é mentira?
Essa foi a do anão.

Também tinha um anão na festa?
Não. Na festa que eu fiz com o Adriano éramos só nós e mais duas meninas. Na festa do jumento não era eu, era um anão. Mas eu fiquei sabendo. O anão era meu amigo e me contou tudo. Fernando o nome dele.

Você pode falar mais sobre isso?
Posso, mas não vou. Pra que tu quer saber? Tu é viado?

Não. Enfim, Valesca, jogo rápido. Eu falo um tema e você me responde na lata.
Ok.

Preconceito contra o funk carioca:
Coisa de otário.

Rock:
Coisa de viado.

Agressão à mulher:
Não acho que seja certo bater. Um sacudidão às vezes resolve. Meu marido me batia muito, mas como eu digo na canção: agora eu virei puta.

Valesca Popozuda por Valesca Popozuda:
Uma mulher de verdade.

O que você achou dessa entrevista?
Esperava mais.

Algumas músicas da Valesca e do seu grupo de funk, para quem não conhece.

"Me metia a porrada e partia pra farra, eu ficava sozinha esperando você, eu gritava e chorava como uma maluca... valeu muito obrigada mas agora virei puta."

"Agora eu to solteira e ninguém vai me segurar"

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