quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Angelo, o Felipe Neto brasileiro

Com o intuito de alertar sobre as hipocrisias e loucuras realizadas pela maioria das pessoas, vesti um terno, meti um Ray Ban estilo Beverly Hills, fui para o Centro da Cidade e reuni um grupo de pessoas com o procurando provar a minha teoria. Os dialogos e acontecimentos a seguir aconteceram de verdade e por isso são totalmente verídicos.

“Olá pessoal, meu nome é Ângelo, e eu venho aqui propor a vocês um desafio. Vou mostrar como os charlatões agem e como eles fazem para tirar um dinheiro de vocês.  Posso começar?”

“SIM!” – respondeu a plateia.

“Ok... eu agora estou tentando me comunicar com os mortos. Tá vindo um nome... Jo-Jo-Jo...”

“JONILSON!” – gritou uma mulher que aparentava ter uns 53 anos e que caiu em prantos quase que instantaneamente  Presumi que era seu marido e que ele havia morrido recentemente.

“Ok... ele era seu marido... e morreu recentemente!”

“SIM!” – a mulher chorava cada vez mais e eu tava começando a duvidar se ela realmente tinha entrado na brincadeira ou se tava chorando sério.

“Viram? Eu simplesmente falei a primeira sílaba e ela terminou o nome. Como eu vi que era uma mulher de meia idade e que ela chorou muito eu chutei que era seu marido e que ele tinha morrido recentemente.”

“Ele é muito bom!” – as pessoas estavam parecendo realmente impressionadas com a minha perspicácia.

“ELE TEM ALGUMA MENSAGEM PRA MIM? OHHHH MEU DEUS!” – gritou a mulher para o meu espanto. Ela realmente não tava entendendo e eu vi alí a chance de explicar a estupidez humana para as pessoas.

“Viram. Mesmo com a minha explicação ela ainda acredita que o seu marido realmente está se...”

“VAI FALA!” – gritou um senhorzinho.

“Não, acho que você também tá cometendo o mesmo mal entendido. Olhem bem. Eu não falei com ninguém...”

“Tá, e como você advinhou o nome dele?” – perguntou uma adolescente num tom irônico.

“Érrr... eu não advinhei o nome dele. Eu só...”

“OHHHH MEU DEUS!” – a senhora de meia idade aumentava o choro cada vez mais.

“É, olhem...” – as pessoas começaram a se retirar e resgumungar algumas ofensas. “Pessoal, em nenhum momento eu disse que era um medium de verdade...”

“AH! Odeio quem não sabe usar os poderes paranormais para realmente ajudar o proximo. Ao invés disso fica fazendo esse tipo de brincadeira de mal gosto” – disse uma moça enquanto ia embora.

Ao final dessa desastrosa experiência cheguei a 2 conclusões:

1 – Sendo convincente e mostrando-se superior, todo mundo vai acreditar em você. Vide: Mussoline

2 – Os charlatões estão certos.

0 comentários:

Postar um comentário